domingo, 17 de novembro de 2013

O atual Colégio Estadual Padre Werner situado na Rua Frederico Michaelsen 465, no  centro de  Nova Petrópolis iniciou no século passado pelo ano de 1870, com o nome de “Gemeindeschule” , Escola da Comunidade, sendo seu primeiro professor Frederico Michaelsen que veio da cidade de Hamburg na Alemanha. No inicio a escola era pequena com uma sala uni docente em construção enxaimel que também servia de igreja. No ano de 1900, atendia como escola Isolada pelo professor Frederico Michaelsen sendo este substituído pelo professor Augusto Dunker em 1910. Em 1919 foi nomeada a primeira professora do município Sra. Elisabeth Seibt para atender esta escola.
Em 1940 deu origem ao Grupo Escolar de Nova Petrópolis, Decreto de criação n° 32 de 05/03/1940, D.O. 06/03/1940, pertencendo naquela época até dezembro de 1958 a 2° delegacia Regional de Educação, com sede na cidade de São Leopoldo, Nova Petrópolis era distrito de São Sebastião do Caí.

                 Passou a ter denominação de Padre Werner em 25/01/1947 pelo decreto n° 2253, de São Sebastião do Caí em homenagem a José Werner Francisco Pio Maria, o Padre Werner.
A 2° localização deu-se em 1949 funcionando até 1969 no prédio de propriedade do Sr. Albano Diesel até 1957, em que posteriormente este prédio foi adquirido pela prefeitura de São Sebastião do Caí e doado ao estado em 1958.  Em 1959 este prédio foi demolido para construção do 2° pavilhão do atual prédio. 
Em 07/03/1961 foi oficialmente inaugurado o prédio da Rua Frederico Michaelsen. 
Em 1967 com 293 alunos matriculados foi solicitado a ampliação de 4 salas, vindo a ser inaugurada em 1970 (com a presença de autoridades militares).
 

             Em 1973 iniciou a 6° série, em 1978 a 7° série e a partir de 1979 a 8° série.
Em 1979 passou a se chamar Escola Estadual de 1° Grau Padre Werner. Em 1980 graças a colaboração da comunidade escolar foi inaugurada a sala de aula do jardim.  Em março de 1981 iniciou o funcionamento da 6°, 7° e 8° série no turno da noite e em 1984 iniciou a classe especial.
Em 1989 passou a ter o ensino médio denominada então Escola Estadual de 1° e 2° Graus Padre Werner. Em 1997 a escola inaugurou o refeitório dos alunos, vestiários masculino e feminino do pavilhão de esportes, salas de aula, salas de educação física, sanitário masculino e feminino, cozinha e bar.  Em 2000 por meio de voto popular passou a se chamar Colégio Estadual Padre Werner.
Atualmente a escola pertence a 4° Coordenadoria Regional de Educação com sua sede em Caxias do Sul.
Até o presente ano de 2013 a escola passou por muitas transformações físicas, teve sua 25° diretoria, conta atualmente com cerca de 60 professores, além de monitores, secretárias e orientadores para atender 30 turmas com alunos do 1° ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio e turmas de EJA. 

*As imagens e informações foram obtidas no arquivo histórico da escola, porém há lacunas em algumas épocas, foi possível observar nas imagens que sempre havia alguma autoridade militar presente nas cerimonias. 
Colégio Cenecista Frederico Michaelsen -
Colégio fundado durante período do Império (1822 - 1889)

Origem do nome: Homenagem ao primeiro Professor Público de Nova Petrópolis.
A Colônia Provincial de Nova Petrópolis, fundada em 1858, atravessou períodos de grandes privações nas primeiras décadas da colonização. O ensino público era inexistente e os próprios imigrantes viram-se obrigados a tomar iniciativas comunitárias na solução do problema. A tradição das escolas comunitárias, em Nova Petrópolis, remonta àqueles tempos pioneiros.
Foi assim que desde o segundo semestre 1960, duas turmas de alunos iniciaram um curso de admissão em turno noturno, visando a 1ª série do futuro curso ginasial.
No ano de 1961, conseguiu-se autorização de funcionamento do MEC e o Ginásio Noturno Frederico Michaelsen iniciou suas atividades, em duas turmas de alunos, ocupando o espaço do Grupo Escolar Padre Werner, no turno da noite. Naquele ano, outra turma foi admitida através do exame de Admissão podendo o Ginásio iniciar o ano de 1962 com mais uma turma de estudantes. Naquele ano, a CNEC local entrou em crise, pois os recursos para o pagamento dos salários do magistério eram insuficientes. Os alunos não contribuíam e os associados foram induzidos a suspender as suas contribuições, pois o Governador Leonel Brizola decretou a criação de um ginásio estadual para o mesmo local e turno!
Em 1963 o Setor Local manifestava preocupações relativas a uma sede própria para garantir a sobrevivência da escola. Foram estudadas várias alternativas. Em 1964, a “Revolução Democrática” manteve a composição do Conselho Estadual e as simpatias oficiais pelo posicionamento não estatizante do Ensino, acenaram com grandes possibilidades de desenvolvimento para o Ensino Comunitário em Nova Petrópolis.
Em junho de 1964, surgiu a possibilidade inédita da compra de um prédio amplo em terreno de 60 x 60 metros, antigo Hotel situado no centro de Nova Petrópolis. Uma proposta de prazo de cinco anos para o pagamento foi levada ao Conselho Estadual. Com apoio decidido do próprio Fundador da CNEC, Professor Felipe Thiago Gomes, a compra foi efetuada ainda em junho! Durante o mês de julho, com o auxílio de professores, alunos e trabalhadores da Prefeitura, o prédio foi adaptado às novas funções e, em agosto daquele ano, as aulas iniciaram no prédio próprio! Foi um período de glória para toda a comunidade local!

Colégio Frederico
No final do mesmo ano formava-se a primeira turma do Ginásio Frederico Michaelsen.
No ano de 1965, a CNEC já se encontrava apta para oferecer um curso secundário aos alunos: “o Curso Técnico de Comércio”, implantado em tempo recorde e atualizado pelo MEC ainda em março daquele ano. Ao mesmo tempo, iniciava-se o curso ginasial diurno, no turno da manhã.
A preocupação por uma formação profissional imediata para os jovens, fez com que fossem iniciados cursos extra-curriculares: eletrônica, corte e costura, economia doméstica e encadernação. Ainda em 1965, surgiu a idéia da criação de um Centro Educacional, em terreno amplo, que oferecia todos os cursos necessários à região, recebendo inclusive alunos em regime de internato.
Um contato importante com a entidade assistencial alemã “Meséreor” abriu a possibilidade de financiamento da iniciativa. Caberia à comunidade a compra de uma área adequada e elaboração dos projetos.
Num verdadeiro mutirão, envolvendo a Prefeitura Municipal e a venda de títulos comunitários, conseguiu-se adquirir uma área belíssima com aproximadamente seis hectares! Um auto-projeto arquitetônico foi elaborado e, em 1966, com a presença do Governador Ildo Meneghetti a pedra fundamental lançada.
Enquanto isso, desenvolvia-se a criação de novos cursos: Ginasial em três turnos, Contabilidade, Administração e Secretariado. O planejamento de cursos especiais para o Centro Educacional também avançou. Causou ótima impressão ao Ministro Tarso Dutra, da Educação e Cultura, o “Curso de Agricultura, Urbanização e Técnica de Estradas” visando à formação de técnicos de nível médio para os novos municípios que surgiam de ano para ano.
As tratativas com a Entidade Alemã estavam em bom andamento quando houve um escândalo no Nordeste do Brasil. Recursos daquela Entidade foram desviados, caindo nas mãos de fazendeiros. Imediatamente foram cancelados todos os projetos para o Brasil, inclusive o nosso Centro Educacional!
Obviamente, foi um impacto negativo, mas não conseguiu desanimar a comunidade local. Seriam necessárias reformulações básicas, pois a previsão de recursos caíra drasticamente. O Governo Estadual, no último ano de Peracchi Barcelos, daria um auxílio suficiente para garantir a construção do primeiro pavilhão escolar. Infelizmente, o Governo Triches não continuou o programa do antecessor e bloqueou o auxílio prometido solenemente. Mas a reforma do ensino a ser implantada no Estado, abriu novas possibilidades para a CNEC local.
A Prefeitura instituiu uma Comissão de Estudo composta por representantes da CNEC local, Prefeitura e Associação Educacional de Linha Brasil. A liderança coube ao Setor Local da CNEC que tinha ótimo relacionamento com o Chefe do Planejamento da SEC. Este propôs a elaboração de um plano piloto para o Estado: o “Projeto Nova Petrópolis”. A Secretaria da Educação do Estado usou este projeto em todas as reuniões de reciclagem. Durante um ano, funcionou perfeitamente, dividindo o Município em quatro anos educacionais, em quatro Escolas de Área e as Tributárias de cada região. No ano seguinte, por injunções políticas, o Estado retirou-se do plano, mas a reforma do ensino continuou segundo aquele projeto.
O setor local da CNEC foi contemplado com um pavilhão metálico para instalação das máquinas para ensino técnico metal-mecânico. Algumas máquinas foram adquiridas com auxílio da CNEC nacional e um curso de torneiro mecânico e ferramenteiro foi instalado. Infelizmente faltaram condições para dar continuidade a este programa. Como havia ocorrido a fundação de uma indústria metal-mecânica na cidade, celebrou-se um convênio entre esta indústria e o Setor Local: o pavilhão e as máquinas seriam alugados, a indústria compraria outros equipamentos para completar e se encarregaria do ensino técnico dos alunos encaminhados para ela. Durante alguns anos, o sistema funcionou e muitos jovens conseguiram profissionalizar-se no setor industrial.
Mas as instalações do Colégio já não comportavam a quantidade de alunos que acorriam de ano para ano. A indústria mecânica também construiu seu prédio próprio e o projeto em conjunto não continuou. Decidiu-se vender as máquinas e o pavilhão para iniciar, com estes recursos, o novo prédio do Colégio. Posteriormente, a CEEE adquiriu uma parte da área destinada ao Centro Educacional e o prédio novo pôde continuar. A Prefeitura Municipal adquiriu o antigo prédio, permitindo, assim, concluir sem problemas o novo prédio que foi ocupado em 1985.
Principais marcosColégio Frederico
1960 - Fundação do Setor Local
04/03/61 - Instalação do Curso Ginasial
03/03/65 – Autorização de funcionamento do diurno no Ginásio Frederico Michaelsen.
21/05/65 – Funcionamento condicional do Curso Técnico de Contabilidade.
15/03/68 - Autorização para funcionamento do 2º ciclo, passando o Estabelecimento a denominar-se Colégio Frederico Michaelsen.
12/11/73 – Autorização para o funcionamento das Habilitações Plenas de Assistente de Administração, de Contabilidade e de Secretariado e da parcial de Auxiliar de Escritório.
26/12/73 - Autorização para o funcionamento da 5ª série do 1º Grau.
1978 - Início do funcionamento do Jardim de Infância Níveis A e B.
15/03/79 - Autorização do funcionamento da 1ª a 4ª séries do 1º Grau.
27/09/79 - Denominação de Colégio Frederico Michaelsen para Escola Cenecista de 1º e 2º Graus Frederico Michaelsen.
18/03/82 - Autorização do funcionamento da Habilitação de Magistério.
10/03/86 - Mudança para o novo prédio na Rua 28 de Fevereiro, 100.
19/12/96 - Autorização para o funcionamento do Ensino Supletivo.
11/03/1999 -  Denominação da nova designação da Escola Cenecista de 1º e 2º Graus Frederico Michaelsen para Colégio Cenecista Frederico Michaelsen.
15/01/2003 – Aprovação do Regimento Escolar para o Curso Normal.
14/05/2003 – Oferta de Educação Infantil na faixa etária de 3 anos.
25/04/2007 – Autorização para a oferta do Curso Técnico em Gestão – Área da Gestão.
09/04/2008 – Autorização para a oferta do Curso Técnico em Vendas – Área do Comércio e Curso Técnico em Informática - Área da Informática.



E hoje, o Colégio Cenecista Frederico Michaelsen conta com Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Curso administrativo.

Oferece também espaço de Ensino Superior no turno da noite.

Referências :



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

POLO DE PICADA CAFÉ

COMPONENTES DO GRUPO:
Adilo Belmiro Metz
Aline  Fátima Barbiere
Clair Bieger
Milton Külzer
Valtair Somavila Gretschmann

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA NOSSA REGIÃO


O ensino na nossa região especificamente de colonização alemã começou logo após a chegada dos primeiros imigrantes, aqui por volta de 1844. Na construção de suas aldeias, bem simples e precárias no início prezavam muito pela questão da religiosidade e ensino, mesmo que não houvesse uma estruturação na época.
            As primeiras construções eram as escolas-igreja, onde num mesmo espaço funcionavam as duas coisas.
Os professores que davam aula eram escolhidos pela própria comunidade entre os membros desta, que apresentavam qualidades e condições para poder  ensinar às crianças  cálculos e leitura em língua alemã. Não havia entre eles alguém que soubesse o português. Sabe-se que por relatos de mais idosos, que no início não havia isto de divisão em classe ou séries. Um professor chegava a dar aula para 50 ou mais alunos numa única sala.
            Os alunos, no início, não usavam cadernos, tinham uma lousa de pedra, onde escreviam com um grafite, tipo um lápis, faziam as atividades e depois de corrigidas eram apagadas. Por este fato, tiveram que decorar o conteúdo. Em  algumas escolas chegaram a usar tinteiro e pena de escrever.

Imagem da primeira Escola que surgiu no município de Nova Petrópolis. É um retrato das demais da época.
            É interessante observar que as classes desta eram bi pessoais, quando em outras escolas eram mais compridas para seis alunos ou mais.
            Este sistema de ensino perdurou até o tempo da 2ª guerra mundial, quando foi proibida a língua alemã nas Escolas e o ensino passou a ser público na maioria dos lugares. As construções eram emprestadas ou alugadas para os municípios ou Estado e estes mandavam os professores que ministravam aulas em Língua Portuguesa.  Os colégios particulares tiveram que se adequar as mesmas exigências. Muitos foram desaparecendo aos poucos.

Imagem do mobiliário da sala de aula. Geralmente era sala única, sem mais dependências.
            No início da década de 60 muitas novas escolas foram construídas, as chamadas brizoletas, a maioria dos pequenos povoados aqui na nossa região teve a sua, algumas chegavam a se situar a menos de três quilômetros uma da outra, o objetivo era facilitar o acesso dos alunos à escola, ainda não havia transporte gratuito como hoje.
   A maioria dos professores que davam aula nesta época não tinha formação específica de magistério, Eles tinham o curso Ginasial, Técnico, Científico ou eram Seminaristas.

                              
            Esta imagem é uma remanescente das brizoletas construídas no início dos anos 60 (1962- 1963), nesta época. Detalhe, toda ela é de madeira. Está localizada no interior de Picada Café. Nos anos seguintes foram construídas escolas deste estilo, porém de alvenaria.  Funcionou como Escola até 1995, quando encerrou suas atividades devido ao reduzido número de alunos. Esta era uma Escola Municipal.

            Esta era uma Escola Estadual, um estilo um pouco diferente como a municipal. Funcionou de 1963 até 1971.
            Mais precisamente no final dos anos 90 teve bastante força o processo de nucleação, fazendo desaparecer as pequenas escolas do interior e o crescimento das escolas de núcleo ou de área.
            Iniciou o transporte escolar gratuito e as crianças passaram a ser levadas para as escolas de centros maiores.
            Uma escola referência em Nova Petrópolis é o Colégio Frederico Michaelsen da rede CNEC.
            A história deste Educandário teve início em 1937 com a inauguração do Colégio Evangélico que era a continuação do Colégio Nova Petrópolis fundado em 1929. Tratava-se de uma Escola avançada para completar o ensino dado nas escolinhas comunitárias e na Aula Pública. Recebia alunos de toda região serrana e o sistema de ensino era rígido nos padrões germânicos. Em 1939 um incêndio consumiu  o prédio desta nova Escola.
            Em 1964, a Campanha Nacional das Escolas da Comunidade adquiriu o prédio do antigo Hospital Nova Petrópolis para sediar o Ginásio Frederico Michaelsen. A Escola ganhou Ginásio diurno e noturno, Técnico de Comércio e Científico.



            Funcionou até 1985, quando o prédio foi adquirido pela Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis , hoje abriga a Câmara de Vereadores e outros setores administrativos.
            Atualmente o novo Centro Educacional abriga além do Colégio Frederico Michaelsen, também a FACENP (Faculdade Cenecista de Nova Petrópolis.
                O Colégio oferece a interessados ensino particular. Dispõe de educação infantil nos níveis I, II e III, ensino fundamental de primeira a oitava série com a implementação do ensino fundamental dos nove anos, além do ensino médio e técnico profissionalizante em gestão e normal.
            Em sua estrutura oferece um laboratório de informática, laboratório de ciências, auditório, biblioteca, pista de atletismo, além de um pátio onde são desenvolvidas diversas atividades pedagógicas. Como diferencial o local oferece o contra turno.

Colégio Cenecista Frederico Michaelsen

Referências:
Picada Café/Hilda A.Hübner Flores, Moacyr Flores, página 13, ano 1996
Morro Reuter de A a Z, página 65, ano 2003
Revista “Por Exemplo(s)...”Publicação Secretaria de Educação de Morro Reuter. Página 20, ano 2004
História do Colégio Frederico Michaelsen


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

        Conforme pesquisa realizada nos estabelecimentos de ensino de Nova Petrópolis, atualmente não há nenhum aluno surdo inserido em nossas escolas. De acordo com relatos da SMED, alunos com esse tipo de necessidade são encaminhados a Associação Educacional Helen Keller em Caxias do Sul, que é o órgão da região especializado para atender deficientes auditivos.
         As escolas não estão previamente preparadas para inclusão de surdos, mas estão cientes que devem se adequar ao portador da deficiência e não o portador se adequar à escola, para tanto sempre que há algum aluno matriculado que necessita de atendimento especial os órgãos responsáveis são acionados, pois devem fornecer os profissionais e o material didático apropriado para cada tipo de necessidade.
       Além de profissionais capacitados em libras, cada escola deveria disponibilizar materiais didáticos pedagógicos adequados para que a comunidade escolar em geral tivesse contato e assim auxiliar no processo de inclusão desses alunos.