sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Inclusão do aluno surdo no município de Picada Café
A inclusão do surdo na nossa sociedade é um processo que se arrasta há muito tempo. Desde os primórdios o surdo se caracteriza pelo seu isolamento, devido ao preconceito que recai sobre ele; desde então vários segmentos lutaram e lutam para que o surdo seja reconhecido como ser humano capaz e prestativo para a sociedade.  
Desde 1.994, quando a Declaração de Salamanca decretou que a educação é direito de toda e qualquer criança independente de sua etnia, classe social ou necessidade especial. Fato esse, reafirmado com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases).
Nossa pesquisa tem como base o município de Picada Café, cidade sede do Polo Universitário, através da qual buscamos nossa formação acadêmica

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Grupo de colegas para a pesquisa
Em entrevista realizada com a secretária municipal de educação senhora Rosmari Fritz, na qual, constatamos a existência de um aluno com deficiência auditiva declarada. O município auxilia o aluno disponibilizando transporte e assistência para que o mesmo possa estudar numa escola especial em Caxias do Sul. 


Parte dos integrantes do grupo, em entrevista com Rosmari
O aluno em questão tem quinze anos de idade. Sua vida escolar decorreu da seguinte forma: até o terceiro ano do ensino fundamental  freqüentou a escola do município de Picada Café , onde professores chegaram a fazer curso de Libras para poder atendê-lo da melhor forma possível como inclusão no ensino regular.
Aprendeu em parte a Língua Brasileira de Sinais nos anos em que iniciou sua alfabetização na escola com a ajuda de profissionais específicos.
Mais tarde, por decisão dos pais do mesmo, decidiram encaminhar seu filho para uma escola especial, onde acreditaram que este poderia ter melhores rendimentos e relações com pessoas com as mesmas características. Logo, foi encaminhado a cidade de Novo Hamburgo para dar continuidade aos seus estudos. Este ano, por uma questão prática foi transferido para Caxias do Sul, na escola Hellen Keller.
Relato feito pela família à secretária de educação conta que a mesma já aprendeu a língua de sinais e com isso podem ter uma melhor comunicação com seu filho.
A deficiência do menino teria surgido em decorrência de uma meningite, portanto, não é uma deficiência nata. Hoje já é classificado como surdo oralizado. 
No momento não há inclusão de alunos surdos na rede escolar no município de Picada Café RS, mas se caso isso acontecer o município providenciará condições necessárias, afirma Rosmari.
Os professores de modo geral não estão preparados para atender alunos surdos, por isto em caso de necessidades, a vinda de especialistas se tornará inevitável.
A escola que o menino frequenta em Caxias do Sul é especial para este tipo de deficiência, atende somente alunos com tais necessidades. O professor é tradutor e intérprete da Língua de Sinais, além de possuir apoio de assistente social, psicóloga na sua área de trabalho.
No nosso mundo de mudanças constantes o professor deve estar preparado para lidar com situações como esta.  Acreditamos que é possível acontecer essa inclusão onde esse ser humano possa exercer seu direito de cidadania, mas é fundamental uma política educacional de suporte para professor/aluno, uma adequação curricular, aspectos didáticos e metodológicos, conhecimentos sobre surdez e sobre a língua de sinais.
Acreditamos que só assim ocorra uma inclusão satisfatória, onde o ambiente escolar seja prazeroso para o aluno com deficiência, onde possa desenvolver suas habilidades/competências, vislumbrando uma melhor qualidade de vida, pessoal e profissional.



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Surdos na Escola



A inclusão nos dias de hoje é defendida por leis e incluem todas as crianças no ensino regular, e a instituição que irá recebe-las deve estar apta a atende-las, mas quando a primeira língua que os alunos aprenderam não é o português, como incorpora-los a um ambientes que todos já utilizam o português, os surdos aprendem primeiro uma língua que se sentem mais a vontade para expressar seus sentimentos e ideias, a Língua Brasileira de Sinais(LIBRAS) .
Na cidade onde pesquisamos não encontramos nenhum caso de aluno surdo nas escolas, na rede particular havia um aluno que teve problema com  surdez, mas hoje esta com um implante, tem o devido acompanhamento da fonoaudióloga, e ouve com naturalidade, acompanhando de uma forma completa a turma, nas demais redes municipal e estadual, não tem alunos com tal deficiência.
Pelo que pesquisamos tudo começa em casa, muitas crianças surdas só tem contato com LIBRAS na escola, pois na maioria dos casos são filhos de pais ouvintes que não se dispõem em aprender está língua para se comunicar com eles.
Acreditamos que não se pode 'atirar' a criança surda em uma instituição ou em uma classe comum, alegando a necessidade de 'inseri-la' na escola regular; essa atitude mostra que não há um reconhecimento da necessidade da criança surda de ter um atendimento cuidadoso, para que desenvolva suas habilidades comunicativas.
Para uma inclusão gradativa e viável a escola precisa ter, acessória em relação a língua de sinais, materiais concretos e visual que sirvam para assimilação dos conceitos, contato com professores que já tiveram situações semelhantes em suas salas de aula e orientação de professores das classes especiais.
Esse assunto é muito polêmico, mas trata-se de um processo em que o aluno surdo tem oportunidades e chances de desenvolver e evoluir em relação a meios educativos para uma autonomia econômica e social para sua vida. A integração ou inclusão é semelhante a um processo em que as próprias instituições necessitam fazer alterações e se desenvolver com o objetivo de proporcionar um ensino de qualidade a todos os alunos e o máximo de acesso aos que têm necessidades educativas especiais.

sábado, 19 de outubro de 2013

BOAS VINDAS!


      Sejam bem vindos ao BLOG do Polo de Picada Café do CLMD oferecido pela UFPEL. Nesse espaço, você poderá se manter informado sobre os acontecimentos do Curso de Matemática a Distância da Universidade Federal de Pelotas, sobre os eventos oferecidos aos alunos no Polo de Picada Café, bem como, obter informações sobre as discussões realizadas nos encontros no decorrer do Eixo Geometrias: Tratamento Analítico em torno da realidade educacional da região.

1ª ATIVIDADE:


Neste primeiro momento, com intuito de promover uma reflexão sobre como vem se desenvolvendo a inclusão dos alunos surdos nas escolas, principalmente quanto à questão da comunicação e a construção de conhecimento, estamos compartilhando o estudo de caso realizado junto às escolas das regiões de Picada Café, Nova Petrópolis e Dois Irmãos.

Sabemos que mesmo garantida por lei, a proposta da inclusão possui alguns obstáculos que profissionais e familiares encontram no decorrer do processo. Assim, seguem as análises da situação da inclusão do surdo nas escolas da região levando em consideração questionamentos como: O poder público tem garantido condições de acesso e aprendizagem aos alunos surdos? Como a comunidade (família, escola, ONGs, entidades religiosas) atua para amparar o surdo na região/cidade? Os professores estão preparados para atender alunos surdos?